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Crescem os sinais de tensão entre Donald Trump e Elon Musk

Depois da enorme onda de despedimentos na função pública, o presidente norte-americano disse ontem que cabe a cada ministério decidir quem dispensam. Isto numa altura em que, mais uma vez, Donald Trump mudou de ideias e voltou a suspender as tarifas de 25% que tinha imposto ao México e ao Canadá.

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As tarifas de 25% sobre as importações do México e do Canadá estiveram em vigor dois dias. O suficiente para Donald Trump decidir suspendê-las outra vez durante cerca de quatro semanas.

“É apenas uma modificação, a curto prazo, porque não queria prejudicar os americanos, teria prejudicado as empresas automóveis americanas se o tivesse feito”, disse Donald Trump.

Na prática, todas as importações do México e Canadá que cumpram o acordo de comércio livre assinado pelos três países em 2020, ficam novamente isentas de tarifas. Mas a casa Branca garante que 62% das importações canadianas vão continuar a pagar a taxa por desrespeitaram o acordo comercial.

“Não precisamos de árvores do Canadá, não precisamos de carros do Canadá, não precisamos de energia do Canadá, não precisamos de nada do Canadá. Temos mais petróleo e gás do que ninguém. As nossas florestas são enormes, enormes florestas. Só não estamos autorizados a usá-las por causa dos lunáticos ambientalistas que nos impediram. Por isso, vou libertá-las muito em breve, para que não tenhamos de recorrer a outros países”, afirma o presidente norte-americano.

Os mercados não têm gostado nada da novela das tarifas, mas Trump garante que isso não o incomoda. O próximo episódio tem data de emissão marcada para dia 12, dia em que entrarão em vigor as tarifas de 25% sobre as importações de aço e alumínio.

“Vai acontecer na próxima semana e a mais importante será a 2 de abril, com as tarifas recíprocas”, afirma Trump.

Já em termos de política interna, Donald Trump não terá ficado indiferente à onda de despedimentos na função pública e decidiu agir. O presidente dos EUA impôs esta quinta-feira limites à ação de Elon Musk.

Na sua rede social Truth Social, disse ter comunicado ao seu gabinete que cabe a cada ministro decidir quem fica e quem vai e não a Elon Musk, ou ao departamento para eficácia governativa. Ainda assim, deu instruções para que os membros da administração continuem a trabalhar com Musk para reduzir o número de funcionários públicos.