Em tempos normais, as eleições na Gronelândia não seriam notícia em todo o mundo. Pouco mais de 40 mil eleitores vão escolher 31 deputados, esta terça-feira, na ilha que, agora, é tema de discussão global.
Tudo porque Donald Trump voltou a mostrar interesse em anexar aos Estados Unidos esta importante região do Ártico, território supervisionado pela Dinamarca, e que, nem sequer, é completamente autónomo. Mas é estrategicamente muito importante e tem recursos naturais muito valiosos.
Segundo as sondagens, a maior parte dos habitantes da Gronelândia não tem qualquer interesse em passar a estar sob domínio de Washington. Na verdade, o que mais querem é ser totalmente independentes.
O Governo dinamarquês diz que a ilha não está à venda e que são os que lá vivem que devem decidir, num eventual referendo, o que querem para o futuro.
Já no mandato anterior, Trump tinha dito que queria a ilha, onde está instalada uma base militar norte-americana, essencial para a monitorização do espaço. É dali, também, que podem partir os primeiros sinais de alarme em caso de disparo de mísseis inimigos em direção aos Estados Unidos.
Por outro lado, o sul da Gronelândia é rico em vários minerais e, acreditam os cientistas, terá depósitos enormes de petróleo, gás natural, ouro, urânio e zinco. Ou seja, é uma região economicamente muito interessante. O que explica, também, o interesse de Donald Trump.