O Secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, classificou hoje como "histeria" a ideia de que os Estados Unidos vão abandonar a Europa e assegurou que o país "vai permanecer" na Aliança Atlântica.
"O Presidente Trump deixou claro que apoia a Nato. Vamos manter-nos na NATO, mas queremos que a NATO seja mais forte e mais viável. E isso só acontecerá se os nossos parceiros, os países que constituem esta importante aliança, tiverem mais capacidade”, disse Marco Rubio, à entrada para uma reunião ministerial no quartel-general da organização político-militar, em Bruxelas, capital da Bélgica.
O chefe da diplomacia norte-americana acrescentada ainda que o país que sair da reunião com um “acordo de que estamos no caminho certo, um caminho realista, em que cada país assume um compromisso e cumpre a promessa de atingir o investimento de 5% do PIB. Isso significa que os EUA também aumentarão a sua participação, porque se as ameaças são tão graves como acredito que são, e como os membros da aliança acreditam que são, essas ameaças têm de ser enfrentadas”.
Questionado sobre as críticas feitas pelo republicano Donald Trump à NATO e à discrepância entre aquilo que os EUA investem e o que os outros 31 países despendem para a Aliança Atlântica, Marco Rubio indicou que apenas foi feito um apelo para que os todos os países invistam mais em defesa, dedicando pelo menos 5% do Produto Interno Bruno.
A ideia de que os EUA deixarão a organização e se retirarão da Europa "é uma histeria", declarou.
Marco Rubio apontou o dedo a "órgãos de comunicação social globais e alguns nacionais", que são a justificação para "parte da histeria e da hipérbole de que os Estados Unidos da América já não querem estar na NATO".
"Os EUA estão empenhados na NATO como nunca estiveram, mas queremos que a NATO seja mais forte", sustentou o Secretário de Estado de Donald Trump, insistindo que a organização político-militar tem de "desenvolver mais capacidades".
Uma Aliança Atlântica "mais forte" é "mais viável para todos os parceiros", completou o principal diplomata norte-americano, que participa pela primeira vez numa reunião ministerial no quartel-general da NATO.
Marco Rubio participa na reunião numa altura de tensões elevadas na organização, não só pelas críticas recorrentes feitas por Donald Trump, mas também pela pretensão de anexar a Gronelândia, território que faz parta da Dinamarca, que também é um país fundador da NATO.
- Com Lusa