Continuamos a sentir as ondas de choque após anúncio das tarifas de Donald Trump. A Europa e a China já responderam. O Bloco Europeu está "pronto a responder" à imposição de novas tarifas caso as negociações falhem. A China denuncia o "protecionismo e intimidação" por parte dos Estados Unidos.
O coronel Carlos Mendes Dias explica as implicações políticas, económicas e sociais desta guerra comercial, numa altura em que começamos a olhar para os Estados Unidos como uma espécie de inimigo, adversário comercial, numa guerra em que não há mortos e feridos, mas há uma vítima - o comércio global como o conhecemos.
Para o coronel Carlos Mendes Dias, a aplicação da terminologia belicista a este caso é exagerada e explica porquê: “É um abuso que parece que nós não estamos sempre a aprender e até banaliza a circunstância de guerra. Quando muito, é um conflito comercial e estou já a colar aqui a lógica da hostilidade”.
O comentador da SIC esclarece que “em termos simples, para os norte-americanos, os preços aumentam, o consumidor vai sofrer, mas o Estado e as empresas, em tese, são beneficiados”.
“Vamos ver se o prejuízo dos consumidores não vai superar este benefício. Para o resto do mundo, tendencialmente, os preços vão descer. Os consumidores vão agradecer, mas os produtores, fabricantes, etc., vão ser altamente prejudicados", acrescenta.
Este é um dos temas em análise no habitual explicador do Jornal do Dia, por volta das 13:45, com o coronel Carlos Mendes Dias.