Os chefes da Diplomacia europeia condenam o mais recente ataque russo a Sumy, na Ucrânia. No Luxemburgo, falam em crime de guerra e avisam Trump de que Putin está a gozar com ele.
Se Donald Trump ainda tem fé em Putin, os europeus avisam-no que é melhor pensar duas vezes.
"Espero que o Presidente Trump e a administração dos EUA vejam que o líder da Rússia está a gozar com a sua boa vontade e espero que sejam tomadas as decisões certas", referiu Radoslaw Sikorski, ministro dos Negócios Estrangeiros polaco.
Os chefes da diplomacia europeia contrariam também a teoria, citada por Trump, de que o ataque a Sumy foi um engano da Rússia.
Kaja Kallas, alta representante da UE para a política externa, pede pressão e mais armas para Kiev, numa altura em que o futuro chanceler alemão põe em cima da mesa a possibilidade de enviar misseis de cruzeiro ‘Taurus’ para Kiev, se houver coordenação europeia.
Hungria destoa dos restantes
E há outra voz a juntar-se aos avisos de Moscovo sobre o risco de escalada.
O ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros sai do encontro do Luxemburgo a dizer que se opõe a missões de treino europeias em solo ucraniano, algo que, para já, não acontece.
Budapeste corta ainda na ambição do 17.º pacote de sanções à Rússia, que está a ser preparado. A Hungria, sem surpresas, a destoar dos restantes.
A chefe da diplomacia europeia continua a pedir apoio militar para Kiev, numa altura em que continua também a tentar juntar 5.000 milhões de euros para adquirir 20 milhões de munições pedidas por Kiev. Este objetivo vai, agora, nos dois terços.