Tiago Faria Lopes, piloto de aviação civil, considera um milagre uma pessoa ter sobrevivido à queda do avião da Air India. Ainda assim, lembra que o avião é um dos meios de transporte mais seguros do mundo.
O Boeing 787, que viajava para Londres, caiu numa zona residencial perto do aeroporto de Ahmedabad, no noroeste da Índia, minutos depois da descolagem.
Terá sobrevivido apenas uma pessoa, uma passageiro britânico de 40 anos.
Em entrevista na SIC Notícias, confessa que quando viu as imagens pensou que "não havia sobreviventes", uma vez que são "chocantes" e com um impacto "muito violento".
Nesse sentido, considera um "milagre" uma pessoa ter sobrevivido.
Sobre as causas do acidente, o piloto prefere não especular, contudo, afasta as teorias de o piloto não ter configurado corretamente a descolagem e de ter havido uma falha dos dois motores.
"É preciso esperar pelo relatório", defende.
As conclusões finais podem demorar três anos, ainda assim, haverá um relatório preliminar e um relatório factual provisório que poderão "dar alguma luz ou indicações sobre as falhas".
"Se houver um erro com a máquina a falha vai ser colmatada pelo fabricante, se o erro for humano vai ser treinado a nível mundial nas companhias aéreas todas", explica.
Tiago Faria Lopes garante que a Air India é uma companhia aérea "segura" e lembra que o avião é um dos meios de transporte mais seguros do mundo.
O avião, um Boeing 787-8 Dreamliner da Air India com destino ao aeroporto de Gatwick, levava 242 pessoas a bordo, incluindo tripulantes. Segundo a companhia aérea, entre os passageiros estavam 169 indianos, 53 britânicos, sete portugueses e um canadiano.
No hospital de Asarwa, em Ahmedabad, familiares e amigos das vítimas continuam à espera de informações.