Cerca de uma centena de pessoas ficaram feridas num fogo que começou nos arredores de Marselha e acabou por entrar na zona urbana. Pelo menos 60 casas ficaram danificadas e algumas estão mesmo destruídas.
Ainda sem o fogo estar extinto, já havia quem soubesse que não tinha muito mais a perder. O trabalho de uma vida tinha-se transformado em cinzas. Perderam as casas onde viviam.
Os meios aéreos bem tentaram impedir a progressão das chamas, mas nem um ataque massivo com mais de 400 toneladas de água lançada pelo ar foi suficiente.
O fogo começou a 10 quilómetros de Marselha, ao início da tarde desta terça-feira, e, embalado pelo vento forte, em poucas horas chegou até à malha urbana da segunda maior cidade francesa.
Aos moradores da zona oeste da cidade foram dadas ordens para não saírem de casa, por segurança, mas houve quem arriscasse para ajudar no combate às chamas.
A extensão do incêndio chegou a ser tal que, através de uma imagem de satélite revelada pelo Instituto de Meteorologia francês, era possível não só ver o fumo, como também as chamas.
O fogo foi de difícil combate, dada a região montanhosa. Os bombeiros seguiam por locais com muito pouca visibilidade. Alguns ficaram feridos e intoxicados com o fumo.
Os primeiros sinais de controlo do fogo chegaram ao final da tarde de terça-feira, mas, esta manhã, tudo era ainda imprevisível. As autoridades permanecem vigilantes, mas tentam o regressam à normalidade.
O aeroporto de Marselha, que chegou a estar encerrado por segurança, reabriu na última noite. Milhares de pessoas que viram as férias em suspenso já puderam partir. Mas quem chegar à costa mediterrânica francesa terá de estar vigilante, face a um risco de incêndio que continuará elevado.