Num momento delicado, marcado por novas revelações no caso Epstein, DonaldTrump refugia-se nos campos de golfe da Escócia. Oficialmente, é uma visita privada com agenda de trabalho, mas muitos veem na deslocação uma fuga estratégica para desviar atenções do escândalo sexual.
A viagem de DonaldTrump à Escócia é privada e, ainda que a Casa Branca fale também numa visita de trabalho, com encontros bilaterais e uma cimeira sobre golfe e comércio,muitos acreditam que o calendário não é inocente.
E que serve, sobretudo, para desviar a atenção da imprensanum momento crítico,com o nome de Trump, a surgir, de novo, nas investigações ligadas a Jeffrey Epstein.
Os novos documentos revelados mostram que o Presidente dos Estados Unidos, tal como o ex-presidente Bill Clinton, fazem parte de uma dedicatória num álbum de aniversário oferecido a Epstein por Ghislaine Maxwell, antiga sócia de Epstein, e também condenada por tráfico sexual.
O interrogatório é visto como uma tentativa da administração Trump mostrar que o caso não está parado, sobretudo depois de intensa pressão interna até por parte de republicanos.
A oposição teme que a ex-companheira de Epstein retire Trump da lista de clientes em troca de um eventual perdão.
O Presidente dos Estados Unidos tem procurado desviar as perguntas sobre o caso e, esta semana, chegou mesmo a acusar Barack Obama e Hillary Clinton de liderarem um plano para manipular as eleições de 2016 e 2020.
Perante as novas revelações, Trump aposta no fogo cruzado e, também, no silêncio. Longe dos olhos do público, refugia-se agora na tranquilidade dos campos de golfe escoceses, esperando que a tempestade mediática e judicial não atravesse o Atlântico.