Pelo menos quatro mortos e mais de 500 detidos é o balanço do primeiro dia e meio de protestos em Luanda. O que começou por ser uma greve e manifestação de taxistas por causa da subida do preço dos combustíveis, rapidamente escalou para uma onda de violência, com pilhagens na capital angolana.
Começou como um protesto de três dias de taxistas, em Luanda, contra a subida do preço dos combustíveis, mas bastaram algumas horas para se transformar em confrontos violentos com pilhagens e vandalismo.
Quem assim se manifesta garante que a vida em Angola está cada vez mais precária.
O porta-voz da Polícia Nacional já veio dizer que, a meio do segundo dia de protestos, havia quatro mortos, mais de 500 detenções e vandalismo em 45 lojas, 25 viaturas particulares, 20 autocarros públicos e três agências bancárias.
Mesmo neste cenário, a voz da polícia dá conta do aparente controlo da situação. Porém, a polícia assume que, durante esta terça-feira, ainda houve focos de tensão e desordem. O que também não se ouviu foi a reação às imagens que mostram agentes da autoridade a aproveitar para roubar.
A direção da Associação Nacional dos Taxistas de Angola anunciou a suspensão da greve, mas a delegação em Luanda dessa mesma associação decidiu manter a paralisação até quarta-feira, como estava previsto.