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Eurodeputados aprovam 'acidentalmente' crítica à estratégia da União Europeia para a Ucrânia

Os grupos de direita (PPE) e esquerda (S&D), que apoiam a política pró-Ucrânia de Bruxelas, procuram agora corrigir o erro de votação. O incidente gerou confusão e levou alguns grupos políticos a declararem vitória prematuramente.

Eurodeputados aprovam 'acidentalmente' crítica à estratégia da União Europeia para a Ucrânia
Pascal Bastien/AP Photo

Alguns eurodeputados votaram terça-feira 'acidentalmente' a favor de uma proposta que criticava a estratégia de Bruxelas para a Ucrânia e os grupos políticos equivocados procuravam esta noite corrigir a situação.

Tudo começou com um mal-entendido entre os líderes políticos no Parlamento Europeu, de acordo com várias fontes que comentaram a situação à agência France-Presse (AFP).

Os eurodeputados, que se reúnem esta semana em Estrasburgo, analisaram uma série de textos durante o dia, incluindo um sobre as negociações da Ucrânia com a União Europeia.

Foram propostas várias alterações a este texto, entre elas, uma de um eurodeputado alemão da esquerda radical que deplorou "a estratégia militarista da União Europeia para a Ucrânia".

A alteração acusava Bruxelas de ter "minado a sua credibilidade internacional" e apelava a uma "mudança urgente" de política sobre o assunto.

Estas acusações são regularmente levantadas por certos grupos políticos, mas fortemente contestadas pela direita (PPE) e pela esquerda (S&D), que apoiam a política pró-Ucrânia de Bruxelas.

No entanto, este facto não impediu estes dois grupos de votarem acidentalmente a favor da emenda ao início da tarde.

Acreditando que o texto tinha um significado diferente, os líderes dos grupos políticos sinalizaram às suas equipas para votarem "a favor" levantando o polegar, como é costume na instituição.

Contactados pela AFP, a direita e a esquerda no Parlamento Europeu confirmaram que pretendiam corrigir o seu voto.

Outros políticos, por outro lado, declararam vitória, com o Movimento 5 Estrelas italiano a gabar-se, num comunicado, de que a "política belicista" da Comissão tinha sido "contundentemente derrotada no Parlamento Europeu".


Com LUSA