O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou na segunda-feira que vai decretar o início das festividades do Natal no país a partir de 1 de outubro, à semelhança do que fez em 2024.
"Vamos decretar, a partir de 1 de outubro, começa o Natal na Venezuela novamente, este ano também. Este ano, o Natal começa a 1 de outubro, com alegria, comércio, atividades, cultura, canções natalícias, gaitas, 'hallacas' [comida típica da estação]", anunciou no programa "Com Maduro +", das estações públicas de rádio e televisão da Venezuela.
"Esta é a forma de defender o direito à felicidade, o direito à alegria. Nada nem ninguém neste mundo nos tirará o direito à felicidade", sublinhou.
Maduro disse que 2025 foi "um ano bom" e "bonito", de "avanços" em todas as áreas. "Das dificuldades surgiu o melhor de nós, a capacidade de nos reerguermos, reconstruirmos e renascermos", afirmou.
O Presidente venezuelano decretou a "antecipação" das festividades do Natal em várias ocasiões desde que chegou ao poder em 2013. No ano passado, a Conferência Episcopal Venezuelana (CEV) reagiu à antecipação das festividades natalícias decretada por Maduro rejeitando o uso político do Natal.
"O Natal é uma celebração universal. O modo e o tempo da sua celebração são da competência da autoridade eclesiástica. Esta festividade não deve ser utilizada para fins propagandísticos ou políticos", explicou a CEV num comunicado divulgado um dia após o anúncio, no início de setembro.
Apesar da antecipação das festividades natalícias em 2024, os comerciantes queixaram-se de que as vendas do trimestre compreendido entre outubro e dezembro souberam a pouco e que faltou dinheiro para dinamizar a economia. Outros, porém, deram conta do aumento da atividade em relação ao ano anterior, com a população a dar prioridade à alimentação.
As vendas baixas levaram as grandes redes de supermercados de Caracas a abrir algumas das sucursais durante 24 horas, inclusive no dia de Natal e de Ano Novo.