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Bolsonaro sai temporariamente da prisão domiciliária para realizar procedimentos médicos

Três dias após a leitura da sentença e sob um forte esquema de segurança, Bolsonaro saiu da sua residência, onde está desde 4 de agosto, por receio de fuga e por incumprimento das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, noticia a Efe.

Bolsonaro sai temporariamente da prisão domiciliária para realizar procedimentos médicos
Adriano Machado // Reuters

O ex-Presidente brasileiro Jair Bolsonaro abandonou este domingo, temporariamente, a sua residência, onde cumpre prisão domiciliária, para realizar um procedimento médico, na primeira saída após ser condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado.

Três dias após a leitura da sentença e sob um forte esquema de segurança, Bolsonaro saiu da sua residência, onde está desde 4 de agosto, por receio de fuga e por incumprimento das medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal brasileiro, noticia a Efe.

O antigo chefe de Estado saiu escoltado por uma caravana de carros e motos da Polícia Federal e chegou a um hotel privado em Brasília por volta das 08:00 locais (12:00 em Lisboa), onde era esperado por um grupo de apoiantes.

Bolsonaro saiu sob custódia policial permanente

O juiz Alexandre de Moraes, relator no caso Bolsonaro, concedeu na passada semana a permissão para que este saísse de casa, mas sob custódia policial permanente, dado o risco de fuga, e com a apresentação de um atestado médico no prazo de 48 horas.

Os advogados comunicaram ao tribunal que Bolsonaro terá de ser internado num hospital particular na capital brasileira para remover duas lesões cutâneas. Os procedimentos são considerados simples e de caráter ambulatório.

Esta é a segunda saída médica do antigo chefe de Estado desde que está em prisão domiciliária, depois de em 16 de agosto ter realizado uma série de exames após ser diagnosticado com condições consideradas sequelas de uma facada que recebeu em 2018, quando ainda era candidato.

O Supremo Tribunal Federal do Brasil condenou na quinta-feira Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão, depois de a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal ter formado maioria para condenar o ex-Presidente por tentativa violenta de abolição do Estado de Direito Democrático, golpe de Estado, participação em organização criminosa armada, dano qualificado e deterioração de património.

Bolsonaro foi ainda considerado culpado de liderar a organização julgada criminosa.