Mundo

Depois de Washington DC, Donald Trump envia Guarda Nacional para Memphis para combater criminalidade

O Presidente dos Estados Unidos assinou uma ordem para enviar tropas da Guarda Nacional e agentes federais para Memphis, Tennessee, com o objetivo de combater a criminalidade. A decisão de Donald Trump segue o modelo aplicado em Washington DC.

Membros da Guarda Nacional da Louisiana patrulham o National Mall, domingo, 7 de setembro de 2025, em Washington.
Membros da Guarda Nacional da Louisiana patrulham o National Mall, domingo, 7 de setembro de 2025, em Washington.
Jose Luis Magana / AP

O Presidente norte-americano, Donald Trump, assinou esta segunda-feira uma ordem para enviar tropas da Guarda Nacional para a cidade de Memphis para combater a criminalidade, à semelhança do destacamento na capital do país, Washington DC.

Donald Trump fez o anúncio na Sala Oval da Casa Branca, durante uma visita do governador republicano do estado do Tennessee (sul), Bill Lee, definindo o novo destacamento como uma "réplica dos esforços extraordinariamente bem-sucedidos" em Washington, onde destacou tropas e federalizou a força policial local, também alegando o combate à criminalidade.

A investida em Memphis - cidade que tal como a capital tem um presidente de câmara democrata - envolve, além das tropas, responsáveis das agências federais de investigação criminal (FBI), anti-narcotráfico (DEA) e de imigração e alfândegas (ICE), entre outras, adiantou Trump.

"Estamos agora a enviar uma grande força", sublinhou.

Pouco antes do anúncio de Trump, a Casa Branca afirmou nas redes sociais que a taxa de criminalidade em Memphis era superior à média nacional e sugeriu que tinha aumentado desde o ano passado, contrariando as tendências nacionais.

Contudo, a polícia de Memphis anunciou recentemente reduções em todas as principais categorias de crimes nos primeiros oito meses de 2025, com a criminalidade geral a atingir o nível mais baixo em 25 anos e os homicídios num mínimo de seis anos.

Apesar da queda geral, Memphis lida há anos com problemas persistentes de violência armada, e em 2023 registou um recorde de mais de 390 homicídios. O governador do Tennessee enquadrou o envio de tropas num aumento mais amplo da força policial em Memphis, afirmando estar "cansado do crime que está a atrasar a grande cidade de Memphis".

Trump pondera Guarda Nacional em Chicago

Trump sugeriu pela primeira vez na sexta-feira que enviaria a Guarda Nacional para Memphis, apesar da resistência do presidente de câmara, o democrata Paul Young.

"Não requisitei a Guarda Nacional e não creio que seja a forma de reduzir a criminalidade", disse Young, numa conferência de imprensa na sexta-feira.

Chicago era apontada como próximo destino dos destacamentos da Guarda Nacional por Trump, medida já considerada ilegal no estado da Califórnia, após uma primeira intervenção em Los Angeles. Mas a Casa Branca enfrentou forte resistência do democrata J.B. Pritzker, do Illinois, e de outras autoridades locais.

Trump disse esta segunda-feira que "provavelmente Chicago será a próxima" no envio de tropas, mas também sugeriu que as autoridades não agiriam imediatamente.

Destacou ainda como cidades "a salvar" St. Louis e Baltimore, sem indicar que receberiam para já forças federais ou a Guarda Nacional.

O Distrito de Columbia, que envolve Washington DC, apresentou no início do mês uma ação judicial para impedir o destacamento de tropas da Guarda Nacional por Trump.

As ordens da Guarda Nacional de Washington D.C. foram prolongadas até dezembro, de acordo com a agência AP, que considera esta instrução um forte indício de que o seu papel deverá manter-se por agora.

- Com Lusa