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Paracetamol? Governo de Trump acredita ter encontrado "uma resposta para o autismo"

Donald Trump diz que vai anunciar esta segunda-feira uma ligação entre a toma de Paracetamol e o autismo. O presidente dos Estados Unidos afirma ainda que pode haver também uma ligação entre o autismo e vacinas.

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O anúncio oficial foi remetido para esta segunda-feira, mas os meios norte-americanos avançam que a administração Trump vai anunciar que o uso de Tylenol, também conhecido como Paracetamol, pode aumentar o risco de autismo quando tomado durante a gravidez.

A informação foi confirmada por quatro pessoas ao The Washington Post que, sob condição de anonimato, avançaram ainda que as autoridades norte-americanas deverão promover também o uso de outro medicamento, conhecido como Leucovorina, como um possível tratamento para o espectro.

Este anúncio contradiz as diretrizes médicas que, segundo o The Guardian, dizem que é seguro para as mulheres grávidas tomarem paracetamol. Esta "descoberta" do Governo volta a reacender o complexo debate sobre as causas do autismo.

"Acho que encontrámos uma resposta para o autismo"

O anúncio de Trump foi feito este domingo, durante uma visita ao memorial de Charlie Kirk, que morreu este mês depois de ser baleado num evento no Utah. "Amanhã teremos um dos maiores anúncios na área médica da história do nosso país", começou por dizer o Presidente norte-americano. "Acho que encontrámos uma resposta para o autismo."

Mais tarde, e questionado pelos jornalistas, voltou a remeter o anúncio para esta segunda-feira, mas aproveitou para citar números que sustentam as afirmações. "Digamos que há 15 anos, uma em cada 10.000 crianças nascia com autismo e agora é uma em cada 12."

"Um em cada 10 ou 12 em rapazes, segundo dois estudos diferentes. Meninas, uma em cada 20. Então, isto é obviamente [proveniente de] algo artificial que está realmente errado. E achamos que sabemos o que é", referiu Trump.

Donald Trump não especificou quais os estudos citados. Mas, de acordo com o Centro norte-americano de Controlo e Prevenção de Doenças, em 2022 uma em cada 31 crianças foi diagnosticada com autismo. Já em 2010, há 15 anos, a mesma fonte adiante que uma em cada 68 crianças tinha o espectro.

Relativamente a se existe uma relação entre o autismo e as vacinas, também a resposta foi remetida para esta segunda-feira. “As vacinas são muito interessantes. Podem ser ótimas, mas quando se coloca o ingrediente errado nelas e as crianças recebem essas vacinas massivas, como se fossem para cavalos…”, disse Trump deixando a dúvida no ar.