Helsínquia pediu esta quinta-feira a entrada urgente na Aliança Atlântica (NATO) para ter proteção militar. A Suécia prepara-se para fazer o mesmo. A Rússia já disse que considera a adesão da Finlândia à NATO como uma ameaça. O Kremlin avisou que responderá em conformidade, incluindo com armas nucleares, para garantir a sua segurança.
A reação veio da parte do porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov. Mas não foi o único: O ex-Presidente russo Dmitri Medvedev ameaça mesmo com uma resposta simétrica que inclui o destacamento de armas nucleares para o mar Báltico.
Os avisos russos não demovem o Governo de Helsínquia: com 70% dos finlandeses a favor,
indicam as sondagens, o Presidente, Sauli Niinisto, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Pekka Haavisto, explicam o porquê do fim da neutralidade. A aprovação é esperada no Parlamento já no próximo domingo. O dia 24 de fevereiro de 2022 foi o ponto de viragem.
Apesar do ministro dos Negócios Estrangeiros dizer que a Finlândia não enfrenta uma ameaça militar imediata, na fronteira comum com a Rússia há 280 mil soldados e 900 mil reservistas que vivem em permanência com a ameaça militar.
Desde 1994 que as tropas finlandesas integram o programa da NATO Parceria pela Paz. Foram já forças valorizadas em missões nos Balcãs, no Afeganistão e no Iraque.
Depois da Finlândia, a Suécia deve avançar com pedido idêntico nos próximos dias, também em busca do acordo de defesa coletiva e da proteção dada pelo artigo 5.º – segundo o qual se considera que o ataque a um dos membros é uma agressão a todos os outros países da NATO.
As intenções suecas e finlandesas foram recebidas de braços abertos. O secretário-geral Jens Stoltenberg disse que espera um processo rápido e tranquilo de adesão dos dois novos membros da Aliança Atlântica.
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