A Alemanha decidiu entregar “o mais rapidamente possível” à Ucrânia mil lança-roquetes e 500 mísseis terra-ar do tipo ‘Stinger’ para a ajudar o país a defender-se da invasão militar da Rússia, anunciou este sábado o Governo.
“A agressão russa contra a Ucrânia marca uma mudança de era, ameaça a ordem estabelecida desde o pós-guerra”, disse o chanceler alemão, Olaf Scholz, em comunicado.
“Nesta situação, é nosso dever ajudar a Ucrânia o máximo possível para se defender contra o exército invasor de Vladimir Putin”, o Presidente russo, justifica o chefe do Governo alemão.
Der russische Überfall markiert eine Zeitenwende. Es ist unsere Pflicht, die Ukraine nach Kräften zu unterstützen bei der Verteidigung gegen die Invasionsarmee von #Putin. Deshalb liefern wir 1000 Panzerabwehrwaffen und 500 Stinger-Raketen an unsere Freunde in der #Ukraine.
— Bundeskanzler Olaf Scholz (@Bundeskanzler) February 26, 2022
Esta decisão marca uma rutura política e surge depois de Berlim ter sido fortemente criticada nas últimas semanas pelas autoridades ucranianas por se recusar a entregar armas a Kiev.
O Governo alemão tem-se defendido com base na política restritiva seguida pelo país desde o pós-guerra, proibindo as exportações de equipamentos “letais” para zonas de conflito.
Algum deste equipamento militar será entregue à Ucrânia pelos Países Baixos e outro pela Estónia, que o adquiriram à Alemanha e precisavam de luz verde de Berlim para poder reexportá-lo para Kiev, explicou uma fonte governamental citada pela agência France-Presse.
O Governo alemão anunciou também o envio para a Ucrânia de 14 veículos blindados, bem como de 10.000 toneladas de combustível, que serão entregues “via Polónia”.
“Outras medidas de apoio estão neste momento a ser estudadas”, disse a fonte governamental.
“Após o vergonhoso ataque da Rússia, a Ucrânia deve defender-se, tem um direito fundamental de se defender e o governo alemão apoia-o”, tinha dito anteriormente a ministra dos Negócios Estrangeiros, Annalena Baerbock, em comunicado.
Outros países, como a Bélgica e a Holanda, anunciaram também hoje o envio de armamento e combustível para a Ucrânia, respondendo a um pedido de ajuda de Kiev.