Guerra Rússia-Ucrânia

Guerra na Ucrânia: a ‘nega’ e as críticas de Kiev a Merkel

Justificações da ex-chanceler alemã não foram compreendidas em Kiev.

Guerra na Ucrânia: a ‘nega’ e as críticas de Kiev a Merkel

A Ucrânia rejeitou, esta quarta-feira, as explicações da ex-chanceler alemã, Angela Merkel, que defendeu na terça-feira a sua política de aproximação à Rússia, no contexto da invasão em curso da Ucrânia pelas tropas russas.

Agora retirada da política, Angela Merkel, que liderou durante 16 anos a maior economia europeia, disse não ter de “pedir desculpa” por ter apostado na diplomacia e no comércio para tentar evitar uma guerra na Ucrânia.

Por seu lado, Mikhaïlo Podoliak, conselheiro da Presidência da República ucraniana, criticou hoje à ex-chanceler o apoio ao controverso projeto de gasoduto Nord Stream 2, destinado a encaminhar o gás russo para a Europa via Alemanha, nomeadamente.

Se a chanceler Merkel sempre soube que a Rússia preparava uma guerra e que o objetivo do [Presidente russo, Vladimir] Putin é destruir a União Europeia, então por que construir o Nord Stream 2?“, escreveu Podoliak na rede social Twitter.

O responsável acusou também Merkel de promover a dependência europeia do gás e do petróleo russos.

Na entrevista divulgada esta terça-feira, Angela Merkel assegurou ter há vários anos consciência da ameaça que Putin fazia pesar sobre a segurança europeia, mas considerava que era do interesse da Alemanha “encontrar um ‘modus vivendi’ com a Rússia”.

A Alemanha pratica há muito tempo uma política de aproximação à Rússia, assente na ideia de que o comércio induziria uma democratização gradual do país.

COM LUSA

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