Mais de 300 civis foram retirados esta quarta-feira da cidade ucraniana de Mariupol e comunidades vizinhas e receberão agora assistência humanitária em Zaporijia, numa operação levada a cabo pelas Nações Unidas e pela Cruz Vermelha na Ucrânia, informaram fontes oficiais.
De acordo com a coordenadora humanitária das Nações Unidas para a Ucrânia, Osnat Lubrani, muitas destas pessoas conseguiram sair apenas com as roupas que levavam no corpo e receberão apoio psicológico.
“Uma nova operação de passagem segura para retirar civis retidos em Mariupol e outras comunidades foi concluída. Mais uma vez, a nossa equipa das Nações Unidas e colegas do Comité Internacional da Cruz Vermelha trabalharam juntos para resgatar as pessoas que queriam deixar em segurança as áreas em situação de hostilidade, com o acordo das partes em conflito”, disse a coordenadora, citada em comunicado.
“Mais de 300 civis de Mariupol, Manhush, Berdiansk, Tokmak e Vasylivka estão agora a receber assistência humanitária em Zaporíjia. Muitos vieram com nada além das roupas que vestiam, e agora vamos apoiá-los nesse momento difícil, inclusive com acompanhamento psicológico muito necessário”, acrescentou Osnat Lubrani.
Estas cerca de 300 pessoas somam-se aos mais de 100 civis que foram retirados na terça-feira de Mariupol, que se refugiavam, maioritariamente, no complexo industrial siderúrgico de Azovstal.
Ainda de acordo com Osnat Lubrani, embora esta segunda retirada de civis de áreas em Mariupol “seja significativa”, muito mais deve ser feito para garantir que todos os civis envolvidos em combates possam sair, na direção que desejarem.
“O nosso trabalho com as partes para garantir a passagem segura de civis continuará”, concluiu a responsável da ONU.
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