Muitos dos mais vulneráveis habitantes de Kiev ou de Kharkiv não puderam sair do país, nem sequer das caves e bunkers onde se abrigam. Entre estes estão, por exemplo, os bebés que nasceram nos últimos dias.
O choro dos recém-nascidos ouve-se agora no abrigo anti bombas para onde um hospital de Kharkiv transferiu a maternidade, à medida que se intensificavam os bombardeamentos russos contra a segunda maior cidade da Ucrânia, a cidade de quase um milhão e meio de habitantes, à beira da fronteira com a Rússia.
Entre paredes espessas de betão e tomadas elétricas suspensas, nasceram já – ou receberam abrigo acabados de nascer – dezenas de bebés.
Muitos tentam ainda sair da capital e enfrentam longas filas nos supermercados, nas farmácias ou para tentar levantar dinheiro. Os poucos carros que circulam estão sujeitos aos postos de controlo erguidos para tentar identificar sabotadores.
O maior hospital pediátrico da Ucrânia também transferiu para a cave os que não podem recuperar em casa, ou os que chegam de hospitais da zona ocidental do país.