A inflação na Rússia, que disparou para máximos de 20 anos em abril, desacelerou ligeiramente em maio para 17,1% em termos homólogos, segundo dados publicados esta quarta-feira pela agência de estatísticas Rosstat.
Em relação a maio de 2021, os preços dos alimentos continuaram a acelerar para 21,5%, principalmente para produtos básicos, como o açúcar (+61,4%), cereais (+36,3%), massas (+29,2%) e frutas e hortaliças (+26,3%).
Os preços, já em alta devido à recuperação da pandemia pós-covid-19 e ao aumento dos preços das commodities, aumentaram ainda mais depois das sanções impostas à Rússia.
Em abril, os preços aumentaram 17,8% em termos homólogos, um recorde desde 2002, e 1,56% num mês. Para a totalidade do ano, o Banco Central da Rússia previu que a inflação anual poderia chegar a 23%, antes de desacelerar no próximo ano e retornar à meta de 4% em 2024.
No entanto, havia reportado uma desaceleração mais rápida do que o esperado em maio.
No final de maio, o Presidente russo, Vladimir Putin, garantiu que a inflação não ultrapassaria 15% até o final de 2022.
O Banco Central russo aumentou drasticamente a taxa diretora para 20% após as primeiras sanções, antes de iniciar um declínio gradual. Atualmente encontra-se em 11%, antes da próxima reunião agendada para sexta-feira.
Conflito Rússia-Ucrânia
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