O secretário-geral da NATO, Jens Stltenberg, abriu esta quarta-feira a porta a uma reação militar da Aliança Atlântica contra a Rússia, caso as populações de Estados-membros sejam alvo colateral de ataques químicos contra a Ucrânia.
A NATO tem repetido que só atuaria se um estado-membro fosse atingido, mas, agora, a porta é entreaberta e o conceito parece ampliado para o que poderia servir para invocar o artigo 5.º do Tratado do Atlântico-Norte.
Na agenda da cimeira, uma das mais prováveis decisões é o envio, para a Bulgária, Hungria, Roménia e Eslováquia, de mais quatro grupos de assalto e combate, que se juntarão aos restantes quatro já destacados para as repúblicas bálticas e para a Polónia.
Cada vez mais em alerta, os Aliados deverão ainda decidir sobre o apoio adicional à Ucrânia, financeiro e militar. A Suécia vai enviar mais 5 mil armas antitanque para apoiar militarmente o Governo de Kiev.
Politicamente, a ajuda reflete-se em declarações de peso europeu, e no plano económico, a Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von Der Leyen, exige ao Kremlin que deixe seguirem viagem vários cargueiros de cereais, retidos pela marinha russa, no Mar Negro.