Guerra Rússia-Ucrânia

Mais de 360 mil ucranianos fugiram para os países vizinhos da Ucrânia

Números da agência das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR).

Mais de 360 mil ucranianos fugiram para os países vizinhos da Ucrânia

Mais de 368 mil ucranianos fugiram do país e dirigem-se aos países vizinhos desde o início da invasão russa à Ucrânia, na quinta-feira, de acordo com um novo balanço da agência das Nações Unidas para os refugiados (ACNUR).

Este número “baseia-se nos dados fornecidos pelas autoridades nacionais”, sublinhou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados num tweet.

Grande parte dos refugiados dirigiu-se para a Polónia, onde as autoridades contabilizaram cerca de 165.000 pessoas desde quinta-feira, início da invasão do vizinho ucraniano pelas tropas russas.

No sábado, os guardas fronteiriços precisaram ter registado 77.300 pessoas chegadas à Polónia, provenientes da Ucrânia. Chegados de comboio, de carro ou mesmo a pé, com poucos pertences, os refugiados são acolhidos por familiares ou pelo dispositivo criado na Polónia.

Outros países fronteiriços, como a Moldávia, a Hungria ou ainda a Eslováquia e a Roménia, por exemplo, são também locais de retiro.

QUARTO DIA DE INVASÃO RUSSA À UCRÂNIA

A Rússia lançou na quinta-feira de madrugada uma ofensiva militar na Ucrânia, com forças terrestres e bombardeamento de alvos em várias cidades, que já provocaram pelo menos 198 mortos, incluindo civis, e mais de 1.100 feridos, em território ucraniano, segundo Kiev. A ONU deu conta de 150.000 deslocados para a Polónia, Hungria, Moldávia e Roménia.

O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que a “operação militar especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a ofensiva durará o tempo necessário.

O ataque foi condenado pela generalidade da comunidade internacional e motivou reuniões de emergência de vários governos, incluindo o português, e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), UE e Conselho de Segurança da ONU, tendo sido aprovadas sanções em massa contra a Rússia.