Um funcionário da organização não-governamental Associação para a Ajuda Humanitária (IYD, sediada na Turquia) morreu esta quarta-feira na explosão de uma bomba colocada no carro em que viajava, numa zona do noroeste da Síria controlada por forças leais a Ancara.
Os intitulados Capacetes Brancos, um grupo de resgate ativo nas zonas controladas pela oposição na Síria, informaram na rede social Twitter que um “trabalhador humanitário” tinha morrido devido a uma detonação, sem adiantar, porém, a identidade da vítima ou que tipo de dispositivo explosivo tinha sido utilizado.
إنا لله و إنا إليه راجعون.
— هيئةالإغاثةالإنسانية (@IYDrelief) June 15, 2022
تنعي هيئة الإغاثة الإنسانيةIYDالزميل الأستاذ عامر ألفين مدير مكتب الباب
الذي توفي منذ قليل أثناء توجهه إلى العمل لأداء واجبه تجاه أهله،وذلك نتيجة استهدافه بعبوة ناسفة زرعت في سيارته الخاصة
نسأل الله العظيم أن يتقبله من الشهداء ويلهم أهله الصبر والسلوان pic.twitter.com/3GPdEyRgv9
Em comunicado, a IYD indicou que a vítima mortal era Amer Alfin, diretor do gabinete da ONG em Al Bab, localidade onde ocorreu a explosão. Adiantou que o ataque aconteceu quando Alfin se dirigia para o trabalho num carro particular.
O Observatório Sírio dos Direitos Humanos, ONG com sede no Reino Unido e com uma larga rede de colaboradores no terreno, confirmou que a morte tinha ocorrido na província de Alepo e que a vítima, um cidadão sírio, trabalhava para a IYD.
De acordo com o Observatório, a organização opera na Turquia e em zonas sírias “sob a influência” de Ancara e das milícias suas aliadas, que controlam uma série de zonas no norte da Síria, ocupadas durante três ofensivas turcas lançadas entre 2016 e 2019.
No seu ‘website’, a IYD apresenta-se como uma organização “síria”, fundada em 2013 na Turquia, dedicada a prestar ajuda humanitária, com escritórios em Istambul e Gaziantepe, perto da fronteira síria e utilizada como base por muitas ONG que operam em áreas não controladas pelo regime de Bashar al-Assad.
O conflito na Síria, desencadeado em 2011, causou até agora quase 610 mil mortos, milhões de deslocados e refugiados e uma crise humanitária.
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