O movimento islamita Hamas insistiu este sábado que "não renunciará" às suas exigências de cessar-fogo com Israel, anunciando ainda o envio de uma delegação negocial ao Cairo, após praticamente seis meses de guerra na Faixa de Gaza.
"As exigências da nossa população e das nossas forças nacionais são um cessar-fogo permanente, uma retirada das forças de ocupação [de Israel] da Faixa de Gaza, o regresso dos deslocados aos seus bairros, liberdade de movimento, assistência e abrigo para a população. E um acordo de troca de reféns sério", indicou em comunicado o movimento palestiniano, citado pela agência France Presse.
No comunicado, "o Hamas confirma a sua adesão à posição apresentada a 14 de março (...) à qual não renunciará".
A delegação do Hamas estará no Cairo, no Egito, este domingo, a convite dos mediadores egípcios.
O Cairo, tal como Doha, no Qatar, tem sido palco de negociações nas últimas semanas, para acordar uma trégua e libertar reféns, mas mantém-se um impasse.
Biden incita Egito e Qatar a pressionar Hamas
Na sexta-feira o presidente norte-americano Joe Biden instou os líderes do Egito e do Qatar a pressionar o Hamas para um acordo com Israel para a libertação de reféns.
Esta iniciativa de Biden surge também quando o chefe da CIA se desloca ao Cairo este fim de semana, para discussões sobre uma trégua e a libertação dos reféns.
A Faixa de Gaza é alvo há cerca de seis meses de uma devastadora intervenção militar israelita, desencadeada pelo ataque do grupo islamita Hamas em solo israelita de 7 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e duas centenas de reféns, segundo as autoridades de Telavive.