A presidência da Rússia deu esta terça-feira uma avaliação positiva às conversações com os Estados Unidos sobre a Ucrânia e a segurança europeia, na segunda-feira, mas disse ser ainda demasiado cedo para estar otimista quanto a quaisquer resultados.
“Ainda não há muitas razões para estar otimista, seria preciso ser ingénuo para acreditar que uma primeira ronda irá produzir resultados abrangentes”.
Porta-voz do Presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov
Delegações dos dois países reuniram-se na segunda-feira, na cidade suíça de Genebra, para discutir a crise na fronteira com a Ucrânia.
No final do encontro, a Rússia reafirmou que não tenciona atacar a Ucrânia, mas alertou que os Estados Unidos não devem subestimar o risco de um confronto.
Disse também que Washington deve levar muito a sério os avisos de Moscovo sobre as consequências de um eventual alargamento da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) a Leste.
O que quer a Rússia?
A Rússia exige a assinatura de tratados que proíbam qualquer futuro alargamento da Aliança e o fim das manobras militares ocidentais perto das suas fronteiras, pondo em causa a arquitetura de segurança europeia construída após a Guerra Fria, quando vários países do antigo bloco comunista aderiram à NATO.
Os Estados Unidos e os aliados europeus têm considerado estas exigências como inaceitáveis, mas dizem estar prontos a discutir soluções com Moscovo para encontrar uma saída para as tensões e evitar um novo conflito armado, especialmente na Ucrânia.
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