Investigadores do Instituto Italiano de Tecnologia (IIT), em Milão, decidiram ensinar o seu robô bípede favorito, chamado iCub, a voar. O objetivo é que o robô venha a ser utilizado em situações de busca e salvamento.
Renomeado iRonCub, o robô humanoide está a ser reconfigurado e a equipa está a trabalhar em sistemas que permitam ao robô manter um voo constante e descolagens e aterragens controladas.
“Tivemos de refazer toda mochila a jato, tivemos de refazer toda a parte inferior do corpo. é preciso lembrar que daqui saem gases de escape a 800 graus Celsius a velocidades supersónicas. Existem dois problemas: velocidade no ar quebra tudo o que encontra e derrete tudo o que encontra. Por isso, tivemos de construir esta proteção especial”, disse Daniele Pucci, chefe de Inteligência Artificial e Mecânica do IIT, à Reuters.
A equipa espera que a capacidade de voar permita ao iRonCub realizar operações de busca e salvamento em locais muito perigosos ou inacessíveis para as pessoas.
“O objetivo final é basicamente ter uma tecnologia de resposta a desastres que possa ajudar os operadores a atuar remotamente, onde basicamente é difícil andar e chegar ao local, por isso gostaria que voasse, evitasse detritos e obstáculos, aterrasse, faça inspeções e procure sobreviventes (...) Portanto, uma plataforma avançada para a resposta a catástrofes”, disse Pucci.
O iRonCub tornou-se o primeiro robô humanoide a ser testado num túnel de vento no Politecnico di Milano, com o objetivo de validar a sua aerodinâmica e recolher dados.
A equipa espera que esta investigação possa levar a uma revolução nas capacidades dos robôs humanoides, expandindo a sua potencial utilização em tarefas de resposta a desastres e inspeção de locais.