Era uma vez na América uma eleição entre dois males menores.
Quem vota em Hillary, fá-lo porque gosta dela, mas também, em muitos casos, porque tem medo de Trump.
Quem vota em Trump, vota porque gosta dele, mas também, em muitos casos, porque odeia Hillary.
E assim temos grande parte do voto por ódio ou por medo.
E não há pior que votar por ódio ou votar por medo.
Ainda assim, chama-se democracia.
O proceso de escolha na América é longo, para os candidatos.
Primeiro têm de ser escrutinados entre pares até ficar apenas um.
As primárias são uma depuração.
Desta vez, na América, depois de Obama, há Trump (e isto basta) e Hillary.
A mulher que já foi (muito) amiga de Trump e (brava) adversária de Obama.
A américa dá muitas voltas.
O mundo é um lugar muito estranho.
Daqui a pouco, saberemos quem é o futuro presidente da América, o próximo líder do mundo.
Pode ser Hillary, que está à espera deste momento há, pelo menos, oito anos. E que já esteve na Casa Branca. Outros oito anos.
Pode ser Trump. O excêntrico da América das armas, contra tudo o que representa Hillary.
Há analistas que dizem que os americanos vão ter de escolher entre um mal menor.
E mais. Que qualquer dos dois candidatos a vice-presidente ganharia facilmente a eleição ao adversário.
O que parece certo é que a América terá um presidente, mas não um líder.
Oxalá esteja enganado.