O ex-governador do Banco de Portugal foi ouvido esta segunda-feira no Parlamento. Carlos Costa descreveu o Novo Banco, no momento da venda, como "um cabaz de fruta que, parcialmente, estava apodrecida". E recusou ainda não ter agido a tempo no Banco Espírito Santo, garantindo que não foi por falta de ação do supervisor que o banco entrou em insolvência.
José Gomes Ferreira diz que "se Carlos Costa não tivesse uma explicação que fosse lógica, já teria sido apanhado na curva" durante os últimos anos: "Quando Costa diz que não podia fazer muito mais, acho que ele tem razão".
No entanto, José Gomes Ferreira entende que ele "não disse a verdade que devia ter dito aos portugueses, desde logo em 2014".
"Deu a entender ao país que o banco estava sólido."
José Gomes Ferreira questiona por que razão o ex-governador do Banco de Portugal "só disse agora que em 2017 estava a vender uma cesta com fruta parcialmente podre?". Acrescentando que o "percurso de Carlos Costa não é liso no sentido em que (...) deixou muita coisa por explicar".