"Um cabaz de fruta que, parcialmente, está apodrecida". Foi desta forma que Carlos Costa, ex-governador do Banco de Portugal, descreveu o Novo Banco no momento da venda.
"Não posso contar com a benevolência ou generosidade do comprador para que ele me pague toda a fruta como sendo de qualidade. É preciso ter em consideração o custo de não vender, que era apodrecer a fruta toda, ou vender pelo valor que vendemos, e aí vendemos a fruta por um valor mais barato do que seria possível no mercado", explicou esta segunda-feira na comissão de inquérito ao Novo Banco, no Parlamento.
Carlos Costa recusou ainda não ter agido a tempo no Banco Espírito Santo e garantiu que não foi por falta de ação do supervisor que o banco entrou em insolvência.
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