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Sócrates diz que militantes que recusem apoiar Alegre não serão alvo de sanções disciplinares

O secretário-geral do PS, José Sócrates, frisou hoje que os militantes socialistas que se recusarem a apoiar a candidatura presidencial de Manuel Alegre não serão alvo de sanções disciplinares por parte das estruturas jurisdicionais do partido.

Segundo fonte da direção dos socialistas, José Sócrates viu-se forçado a clarificar este ponto na sua segunda intervenção na reunião da Comissão Nacional do PS, na sequência dos protestos verificados contra as intervenções da ex deputada socialista Marta Rebelo e do eurodeputado Capoulas Santos, ambas consideradas "radicais" contra Manuel Alegre



A ex deputada socialista Marta Rebelo, quando falava na reunião da Comissão Nacional do PS, foi mesmo vaiada por dezenas de outros dirigentes do mesmo partido depois de afirmar que não iria votar na candidatura de Manuel Alegre nas próximas eleições presidenciais.



Marta Rebelo, que confirmou este episódio à agência Lusa, entre outras afirmações polémicas, disse que não sentia que Manuel Alegre fosse seu "camarada" de partido, razão pela qual não votaria nele nas eleições presidenciais de janeiro próximo.



No entanto, o secretário geral do PS, José Sócrates, não gostou das reações mais negativas da plateia contra as intervenções de Marta Rebelo e de Capoulas Santos.



Na segunda vez que usou da palavra na reunião da Comissão Nacional do PS, José Sócrates aproveitou para frisar que o PS "é um partido de tolerância".



A seguir, lembrou que, nas eleições presidenciais de 2006, os militantes socialistas que apoiaram Manuel Alegre -- contra a posição oficial do PS, que apoiava Mário Soares -- não foram alvo de qualquer processo disciplinar.



Assim, para o líder do PS, os militantes do PS que se recusarem a apoiar Alegre nas próximas eleições presidenciais, contra a posição oficial deste partido, também não serão alvo de sanções.



(Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico)



Lusa