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Nenhum dos alunos pode sentir-se injustiçado com a prova de português desta 3ª feira, dizem professores 

Os professores de português consideram que o exame nacional a esta disciplina realizado hoje pelos alunos impedidos de fazer a prova em junho, devido à greve de professores, é semelhante ao primeiro e "ninguém se deve sentir injustiçado". 

(Lusa/Arquivo)
(Lusa/Arquivo)

A presidente da Associação de Professores de Português (APP), Edviges Antunes Ferreira, considera que a prova de 12. ano realizada hoje de manhã  por cerca de 15 mil alunos "cumpriu os objetivos do programa e estava dentro  dos conteúdos programáticos, não havendo nada a objetar". 

A greve dos professores, iniciada a 7 de junho e que terminou há exactamente uma semana, impediu milhares de alunos de realizar a prova de Português  e obrigou o Ministério da Educação e Ciência (MEC) a marcar nova data. 

Alunos, pais e professores criticaram a opção ministerial de não ter  adiado a prova, alertando posteriormente para o perigo de não haver equidade  ao existirem duas provas diferentes de Português, necessárias para o acesso  ao ensino superior.  

Para Edviges Antunes, a dúvida sobre se seria possível fazer um exame  semelhante ao primeiro em termos de exigência foi hoje esclarecida: "Pondo  as provas nos dois pratos na balança, penso que estão equilibradas e ninguém  tem de se sentir injustiçado".  

O primeiro texto era um poema do livro a Mensagem, de Fernando Pessoa: "Era um poema muito conhecido ("Prece"), que os alunos, por norma, analisam em aula e as questões eram objetivas", defendeu a presidente da associação.

Ainda no primeiro grupo da prova, os alunos teriam de falar sobre as  características do Padre Bartolomeu Lourenço. Para Edviges, "aqui, o aluno  teria de ter um conhecimento relativamente profundo da obra". 

Os estudantes tinham ainda um outro texto (uma entrevista) e questões  de escolha múltipla e na composição era pedido aos alunos que fizessem "uma  reflexão já um pouco profunda sobre a importância da crença no progresso  para o desenvolvimento civilizacional", recordou. 

Para a presidente da APP, o mais importante agora é comparar os resultados  médios das duas provas e, caso não sejam semelhantes, "será preciso analisar o que aconteceu".  

Além da prova do 12 ano, também os alunos do 6º e 9º ano iniciaram  hoje a 2ª fase de exames, com a prova de Português. 

     

LUSA