País

Realojamentos no Funchal previstos até ao final da semana 

O Governo Regional da Madeira espera realojar até ao final desta semana as pessoas que ficaram desalojadas devido aos incêndios que lavram desde sexta-feira no concelho do Funchal.

HOMEM DE GOUVEIA

"Estamos a trabalhar no sentido de serem criadas as condições para que  possam ser alojados em fogos a disponibilizar pela Investimentos Habitacionais  da Madeira e esperamos que até ao final da semana tal possa acontecer",  disse à agência Lusa o secretário dos Assuntos Sociais, Francisco Jardim  Ramos. 

O governante salientou que o executivo regional "está a criar as condições  para que as pessoas que forem realojadas tenham as condições de conforto  necessárias à sua permanência". 

"Temos que assegurar as condições de habitabilidade", explicou Francisco  Jardim Ramos, adiantando que este realojamento será "uma solução transitória,  até ser concluída a recuperação das casas destas pessoas". 

Vinte casas, todas na freguesia do Monte, foram atingidas pelos incêndios,  informou no domingo o presidente da câmara, Miguel Albuquerque, notando  que em 11 a perda é considerada total. 

Miguel Albuquerque acrescentou que foram realojadas 21 pessoas, "entre  as quais três crianças", sendo que 19 estão no Regimento de Guarnição nº 3, do Exército, no Funchal, e duas em pensões 

Numa nota distribuída à comunicação social hoje à tarde, a Secretaria  Regional dos Assuntos Sociais esclarece que está "concluído o processo de  levantamento e caracterização das famílias que foram desalojadas na freguesia  do Monte" e que o executivo insular, "em articulação com a Câmara Municipal  do Funchal, está a desenvolver todos os esforços no sentido de realojar  estas famílias, apoiando-as na recuperação das suas habitações, de modo  a que rapidamente regressem à normalidade".  

Também hoje à tarde, a Secretaria do Ambiente e dos Recursos Naturais  da Madeira anunciou medidas, no âmbito das florestas e da agricultura, para  ajudar as vítimas dos incêndios. 

Em comunicado, a tutela refere que, no caso das florestas, "e considerando  que a maioria dos terrenos atingidos pertence a particulares", o executivo  insular vai conceder "apoio financeiro, aos proprietários e possuidores,  no montante de 100% do investimento, para a realização dos investimentos  necessários à recuperação das áreas" atingidas, além de que vai elaborar,  gratuitamente, "os projetos florestais necessários para os promotores promoverem  as respetivas candidaturas". 

"Também será concedido apoio de 100% a fundo perdido, para equivalentes  investimentos de entidades públicas, com objetivo de promover a recuperação  de áreas florestais públicas atingidas", anuncia a secretaria. 

Já quanto à agricultura, "apesar dos estragos nesta área não serem de  especial monta, o Governo Regional concederá ajuda de 95% a fundo perdido  para investimentos a realizar para a recuperação do potencial produtivo  atingido", acrescenta o comunicado. 

Lusa