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Prova de avaliação dos professores marcada para 18 de dezembro custa 20 euros

Os docentes vão ser chamados para ser avaliados  já a 18 de dezembro, tendo de pagar 20 euros pela inscrição na prova, de  acordo com um despacho do ministro da Educação, Nuno Crato, assinado e publicado  hoje.   

(Reuters/ Arquivo)
© Andrea Comas / Reuters

De acordo com o despacho, a avaliação da componente comum realiza-se  já a 18 de dezembro deste ano, enquanto que as avaliações para as componentes  específicas ficam agendadas para o período entre 01 de março e 09 de abril  de 2014. 

"O valor a pagar pela inscrição na prova, incluindo a componente comum  e uma componente específica, é fixado em 20 euros", lê-se no despacho publicado  ao final da tarde em Diário da República. 

Este valor pode aumentar se os docentes decidirem prestar provas em  mais do que uma componente específica, para poderem concorrer a vagas em  mais do que uma disciplina ou grupo de recrutamento. 

Assim, por cada componente específica extra em que os docentes queiram  prestar provas terão que pagar 15 euros. 

O despacho determina ainda que os pedidos de reapreciação de resultados  custam igualmente 20 euros, sendo esse valor restituído caso a reavaliação  seja favorável ao docente. 

O Governo aprovou em setembro a regulamentação da prova de avaliação  de conhecimentos dos professores, estando previsto que um docente que obtenha  aprovação só tenha de realizar nova prova se nos cinco anos subsequentes  lecionar menos de um ano. 

A prova é destinada aos professores não integrados na carreira docente,  ou seja, aos contratados, terá uma periodicidade anual, e tem como objetivo  "aumentar sustentadamente os padrões de qualidade do ensino", assim como  a "equidade entre os candidatos ao exercício de funções docentes", de acordo  com o Ministério da Educação e Ciência (MEC). 

No entanto, apesar de ser anual, prevê-se que um candidato aprovado,  apenas tenha de realizar nova prova se nos cinco anos seguintes à data da  realização da mesma tiver completado menos de um ano de tempo de serviço.

O diploma prevê também duas normas transitórias. Uma delas estipula  que "os candidatos com cinco ou mais anos de serviço docente que não obtenham  aprovação podem ser admitidos aos concursos de seleção e recrutamento que  se realizem até 31 de dezembro de 2014". 

A outra define que os candidatos que "até 31 de dezembro deste ano celebrem  contratos de trabalho estão dispensados da obtenção de aprovação na prova".

As duas principais federações sindicais de professores contestam a existência  da prova, tendo a Federação Nacional de Professores (Fenprof) já entregue  esta semana ações em tribunal para a suspender, e a Federação Nacional de  Educação (FNE) anunciado a intenção de recorrer ao Provedor de Justiça e  aos grupos parlamentares para averiguar a constitucionalidade desta avaliação.

A instituição de uma prova de avaliação de conhecimentos para docentes  foi anunciada no final de julho pelo MEC, tendo a proposta do Governo, que  inicialmente chegou a prever uma nota mínima de 14 valores para permitir  a lecionação, mas que agora permite obter aprovação com nota de 10 valores,  sido negociada com os sindicatos, sem que se tivesse chegado a acordo. 

     

Lusa