Autoridades da Guiné-Bissau forçaram a tripulação do voo de terça-feira a levar para Portugal 74 pessoas com passaportes falsos, o que provocou um incidente diplomático e a suspensão da rota.
Como alternativa, a TAP levou no sábado os passageiros até Dacar e fretou um avião à Air Senegal para fazer o resto do percurso, cumprindo o circuito inverso para quem tiver como destino Lisboa.
Ramon Sarró saiu do aeroporto Osvaldo Vieira, em Bissau, já passava das 05:00, com as malas ao lado, mas sem a esposa: viajaram juntos de Lisboa até Dakar, mas depois, e ao contrário do previsto, só um tinha lugar no avião da Air Senegal.
O passageiro aponta o dedo à TAP, que acusa de ter um comportamento "muito incorreto" por não ter informado os passageiros.
Ramon espera agora que a esposa consiga lugar no voo de terça-feira de madrugada, de Dakar para Bissau.
Para quem saiu de outros pontos do mundo, os problemas já duram há vários dias, como acontece com Luísa Jaude: partiu de Londres, Inglaterra, na quarta-feira e só na madrugada de domingo chegou à Guiné-Bissau, no que classifica como uma má experiência.
"O que passei, não quero passar nunca mais", referiu, para de seguida lançar um apelo, ao povo guineense ou ao povo português, para que "parem, chega", numa alusão ao incidente com o voo de terça-feira.
"Não estão a ver que nós, emigrantes, estamos a sofrer muito", questionou.
A mudança de avião no Senegal torna tudo "muito mais cansativo", referiu, por seu lado, Huco Monteiro, outro ocupante do voo da TAP.
"Devíamos cá estar 1/8em Bissau 3/8 à 01:00 e já são quase 06:00", referiu.
Princepelina Lopes resume o voo numa palavra: "cansantivo".
"Devíamos viajar na quinta, estivemos num hotel dois dias e no aeroporto fomos mal orientados", relatou.
Lusa