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Parlamento discute hoje pela segunda vez na especialidade reforma do IRC

O Parlamento discute hoje na especialidade, e pela segunda vez, as alterações ao regime de IRC - Imposto sobre o Rendimento  de Pessoa Coletiva, depois de na semana passada a votação final global ter  sido adiada. 

(Arquivo Lusa)
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Na quarta-feira, terminou o prazo para que os partidos da comissão parlamentar  de Orçamento, Finanças e Administração Pública apresentassem novas propostas  de alteração ao IRC, tendo os partidos da maioria e o PS apresentado novas  alterações. 

A maioria parlamentar PSD/CDS-PP quer que as reduções futuras da taxa  de IRC fiquem dependentes da avaliação de uma comissão de monitorização  da reforma deste imposto que vai ainda ser constituída.  

De acordo com uma das propostas de alteração ao regime de IRC que os  deputados do PSD e do CDS apresentaram no parlamento, "a redução da taxa  de IRC (...) prevista para 21% em 2015, bem como a sua fixação num intervalo  entre 17% e 19% em 2016, será objeto de análise e ponderação por uma comissão  de monitorização da reforma a constituir para o efeito". 

Esta nova proposta de alteração apresentada pela maioria responde, em  parte, às exigências do PS. Também a proposta onde se prevê que - tendo  em conta os resultados da reforma do IRC e a evolução da situação do país  - posteriores descidas da taxa do IRC devem ser ponderadas em simultâneo  com a descida de taxas no IVA e no IRS. 

A maioria prevê ainda que seja aplicada uma taxa de IRC de 17% aos primeiros  15.000 euros de lucro, aplicando-se uma taxa de 23% aos lucros que excedam  este valor. 

O PSD e o CDS-PP apresentaram também uma nova proposta relativa à eliminação  da dupla tributação, mantendo que as empresas podem distribuir dividendos  e mais-valias sem que quem os recebe pague IRC desde que detenha uma participação  mínima de 5%. No entanto, para beneficiar deste regime tem de manter essa  participação por um período consecutivo de 24 meses e não os 12 meses inicialmente  propostos. 

Em relação à derrama estadual, os partidos da maioria pretendem que  as empresas com lucros tributáveis entre os 1,5 milhões e os 7,5 milhões  paguem uma taxa adicional de 3%, imposto que sobe para os 5% no caso das  empresas com lucros tributáveis entre os 7,5 milhões e os 35 milhões de  euros. Além disso, é ainda criado um terceiro escalão de 7% para empresas  com lucros acima dos 35 milhões de euros. 

 

Lusa