País

Presidente da República fala esta noite aos portugueses

O Presidente da República dirige-se esta noite ao país, na tradicional mensagem de Ano Novo, mantendo-se a dúvida sobre se irá suscitar a fiscalização do Orçamento do Estado para 2014, que entrou hoje em vigor.  

(Lusa)
Tiago Petinga

A mensagem de Ano Novo de Aníbal Cavaco Silva será transmitida hoje pelas 21:00, um dia após ser conhecida a promulgação do Orçamento do Estado  para 2014, decisão que foi saudada pela maioria PSD/CDS-PP e criticada pelos  partidos da oposição. 

O PS, BE e PCP consideram que a lei orçamental para o próximo ano contém  normas inconstitucionais, enquanto que PSD e CDS-PP consideraram que o Presidente  da República deu um sinal de estabilidade e normalidade. 

No entanto, apesar de ter promulgado o OE para 2014, dispensando a fiscalização  preventiva, o Presidente da República pode requerer ainda a fiscalização  sucessiva de normas concretas do diploma. 

Foi o que fez há um ano, quando anunciou na mensagem de Ano Novo que  recorreria ao Tribunal Constitucional por considerar que havia "fundadas  dúvidas sobre a justiça na repartição dos sacrifícios".  

Este ano, PS, PCP e BE já reiteraram que avançarão com pedidos de fiscalização,  devendo para isso reunir um mínimo de 23 assinaturas.  

O corte nos salários da Função Pública e nas pensões de sobrevivência  são as medidas mais contestadas por aqueles partidos. 

Quase em jeito de antecipação ao que viria a acontecer no verão, Cavaco Silva aproveitou ainda a mensagem de Ano Novo de 2013 para advertir que  Portugal não estava "em condições de juntar uma grave crise política à crise"  em que o país estava mergulhado. 

Cavaco Silva defendeu a necessidade de "urgentemente pôr cobro" à "espiral  recessiva" e concentrar esforços no crescimento económico. 

Um ano antes, e quando se completavam quase seis meses do Governo PSD/CDS-PP  liderado por Pedro Passos Coelho, o chefe de Estado já tinha falado da importância  de uma agenda para o crescimento e emprego, considerando que sem isso a  situação social se poderia tornar "insustentável". 

     

Lusa