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Agitação marítima pode voltar dentro de sete dias

A agitação marítima pode voltar a Portugal  dentro de sete dias ao continente, devido à formação de vários sistemas  frontais ao largo do Canadá, disse à Lusa o comandante Santos Martinho,  do Instituto Hidrográfico.  

(Lusa/ Arquivo)
(Lusa/ Arquivo)

Em declarações à agência Lusa, Santos Martinho adiantou que se prevê  a diminuição da agitação marítima nos próximos dias, mas a situação pode  repetir-se devido à formação de um sistema frontal ao largo do Canadá. 

"Prevemos uma diminuição da agitação marítima. Ao longo do dia de hoje  a altura significativa das ondas vai descer dos 8 para os 4,5 metros cerca  da meia-noite. Quarta-feira desce para os 3 metros e quinta-feira para os  dois. Contudo está a formar-se um sistema frontal que ainda se encontra  sobre a margem continental do Canadá e Estados Unidos devendo depois deslocar-se  para leste", explicou. 

Por isso, adiantou, dentro de sete dias pode ou não haver uma situação  parecida, consoante as condições que "apanhar pelo caminho". 

A agitação marítima provocou na segunda-feira vários estragos em praias  do país, dezenas de carros foram arrastados e danificados pelo mar na zona  da foz do Douro, o que obrigou as autoridades a efetuar alargamentos sucessivos  do perímetro de segurança devido à intensidade das ondas. 

Santos Martinho explicou que toda a agitação marítima é gerada pelo  vento e, se existirem sistemas frontais que provoquem ventos fortes, vão  dar origem a agitação marítima. 

"De facto o que se passou ontem  1/8segunda-feira 3/8 foi a passagem de um  sistema frontal bastante cavado que se deslocou ao longo do Atlântico Norte,  a norte da Península Ibérica, que se encontra a norte do Reino Unido", disse.

O comandante explicou que o Instituto Hidrográfico está neste momento  a fazer o levantamento através de dados recolhidos das boias de observação,  tendo sido registados em Sines uma altura máxima de 14.9 metros, um valor  que fica próximo do máximo registado até hoje (15.2, segundo dados do instituto  de 1988 até 2008). 

"Registámos nas nossas boias de Leixões e Sines alturas máximas da ordem  dos 13,5 e, cerca das 21:00, 14,9 metros de altura máxima em Sines. Isto  corresponde a um valor perto do máximo alguma vez registado", disse, salientando  que o Instituto ainda está a recolher informações que validem os dados.

     

Lusa