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Cavaco junta mais de cem empresários em visita estratégica à China

O Presidente da República portuguesa inicia na segunda-feira uma visita oficial a Pequim, Xangai e Macau, numa deslocação à China que junta mais de 100 empresários, quando os dois países celebram 35 anos de relações diplomáticas.

2008 - Numa declaração que abriu os noticiários das televisões, o Presidente da República, Cavaco Silva, alerta para a possibilidade de o novo Estatuto Político-Administrativo dos Açores colocar em causa a separação de poderes e as competências dos órgãos de soberania consagrados na Constituição
Miguel Angel Morenatti

Classificada por fonte da Presidência da República como uma das mais  importantes visitas de Estado de Cavaco Silva, a viagem a Xangai, Pequim  e Macau vai prolongar-se por sete dias, entre 12 e 18 de maio, com uma agenda  carregada e onde um dos pontos mais importantes será o encontro com o homólogo  chinês, Xi Jinping.   

A acompanhar Cavaco Silva na viagem estará uma comitiva de mais de 100  empresários portugueses - de áreas tão diversas como a banca, advocacia,  indústria farmacêutica, imobiliário, turismo, vinhos, indústria agro-alimentar,  arquitetura - e representantes de várias associações de jovens empresários.

Além da participação em dois seminários económicos, o Presidente da  República terá ainda encontros mais privados com empresários chineses, nomeadamente  com os presidentes da Fosun, grupo chinês que adquiriu recentemente 80%  da Caixa Seguros e da China Three Gorges, o maior acionista da EDP. 

Além desta "componente económica muito marcada", conforme sublinhou  fonte da Presidência da República, a visita de Cavaco Silva à China, que  se realiza a convite do homólogo chinês, terá também um vasto programa cultural  e uma vertente académica significativa.  

Da comitiva oficial fazem parte representantes das maiores universidades  portuguesas, além da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação Oriente.

O último governador de Macau, Vasco Rocha Vieira, integrará igualmente  a comitiva. Fonte de Belém salientou a "gratidão" que existe por parte de  Pequim pela forma como foi feita a transferência da administração de Macau  de Portugal para a China em 1999.  

A fonte de Belém assinalou o "momento muito oportuno" da visita, porque  se comemora o 35. aniversário do estabelecimento de relações diplomáticas  entre os dois países e "porque é também o estabelecer de relações com um  novo ciclo político na China, uma nova geração política". 

Da comitiva oficial de Cavaco Silva farão ainda parte os ministros dos  Negócios Estrangeiros, Rui Machete; da Economia, Pires de Lima e da Educação  e Ciência, Nuno Crato. O vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, só acompanhará  a visita em Pequim. 

Todos os partidos, à exceção do BE que não costuma acompanhar as deslocações  do Presidente da República, integram também a comitiva oficial, assim como  o presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal  (AICEP), Miguel Frasquilho. 

Lusa