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UGT diz que não vale a pena partidos do Governo usarem chantagem sobre o Constitucional

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva,  considerou hoje que os partidos do Governo já deviam ter percebido que não  vale a pena usarem de chantagem sobre o Tribunal Constitucional, que não  é pressionável.  

"Julgo que não vale a pena os partidos que sustentam o Governo irem  por aí", afirmou, em Bragança, à margem do Congresso Distrital da UGT, em  reação às últimas posições sobre eventuais implicações de novos chumbos  constitucionais ao Orçamento do Estado. 

O líder da UGT acusou "os partidos que estão no Governo de continuarem  a usar a pressão e até alguma chantagem política sobre o Tribunal Constitucional",  mas lembrou que já ouviu o presidente daquele órgão de soberania "retorquir  em momentos anteriores que não se deixa pressionar". 

"Portanto, o Tribunal Constitucional não é pressionável", sublinhou  Carlos Silva, acrescentando que o "que vale a pena é tentar perceber como  é que o Governo vai ultrapassar um eventual novo chumbo em relação às matérias  que ainda estão por esclarecer do Orçamento do Estado 2014". 

Carlos Silva lembrou que "a UGT tem sido bastante crítica quando o Governo  de uma forma sistemática tem afrontado o Tribunal Constitucional". 

"Entendemos que no princípio constitucional da separação de poderes  cada um tem que respeitar os poderes dos outros. O Governo nesse aspeto  não cumpriu e, portanto nós temos feito a crítica necessária", observou.

O dirigente sindical alertou ainda que se novas medidas continuarem  a passar pela quebra de rendimentos dos trabalhadores, o Governo já sabe  qual é posição do Constitucional" e defendeu que essa posição "se deve manter".

Reiterou ainda que a UGT continuará a manifestar a sua oposição às políticas  que passem pela quebra de rendimentos dos trabalhadores, defendendo que  "o Governo tem outras alternativas" que não passem por esta solução. 

Lusa