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Governo altera condições de atribuição de bolsas no ensino superior 

O Governo alterou a forma de cálculo para atribuição  de bolsas de estudo no ensino superior, introduzindo escalões na determinação  do peso do património mobiliário do agregado familiar para conceder os apoios.

Ministro da Educação, Nuno Crato - Arquivo Lusa
TIAGO PETINGA

"Acolhendo as sugestões feitas pelas Associações Académicas e de Estudantes  nesta matéria, o património mobiliário de um agregado familiar que não exceda  10 vezes o Indexante de Ação Social (fixado em 419,22 euros para este ano  de 2014) não é considerado no cálculo do rendimento e deixa assim de influenciar  a atribuição de bolsa, incluindo-se um escalão zero na forma de cálculo.  Na redação anterior  (do diploma) este valor tinha um peso de 5 por cento  no cálculo do rendimento do agregado", refere o comunicado enviado hoje  pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC). 

Os estudantes bolseiros do ensino superior que tenham também uma bolsa  de mobilidade no âmbito do Programa Erasmus+ - de mobilidade europeia, para  estudar e estagiar -- podem ter também um complemento de bolsa mensal com  valores entre os 100 e os 150 euros. 

"O despacho visa também integrar as novas formações de nível superior  não conferentes de grau -- os Cursos Técnicos Superiores Profissionais.  Os estudantes inscritos neste tipo de formação, com duração de 4 semestres  letivos, e lecionada exclusivamente em ambiente politécnico, serão assim  também abrangidos pela ação social direta, nos mesmos termos dos restantes  estudantes do ensino superior", acrescenta o comunicado do MEC. 

As alterações publicadas na quarta-feira entram em vigor já no ano letivo  de 2014-2015. 

Lusa