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Comissão de inquérito sobre o caso BES é hoje votada no Parlamento 

O Parlamento debate e vota hoje uma proposta  do PCP para a criação de uma comissão de inquérito sobre o processo do BES,  que o PSD e CDS-PP anunciaram já que irão viabilizar. 

(Lusa/ Arquivo)
MÁRIO CRUZ

A proposta dos comunistas abre, pelas 10:00, o dia de trabalhos no  parlamento, e será votada no final da manhã. 

No texto, o PCP pede que seja aberta uma comissão de inquérito sobre  o "processo que conduziu à aplicação da medida de resolução e às suas consequências,  nomeadamente quanto aos desenvolvimentos e opções relativos ao GES (Grupo  Espírito Santo), ao BES e ao Novo Banco". 

No começo de setembro, a criação de uma comissão de inquérito obteve  a concordância de todos os partidos com assento parlamentar em conferência  de líderes então realizada. 

A comissão só deverá avançar, contudo, após a conclusão da comissão  de inquérito à compra de material militar. 

"Sem nenhuma restrição iremos analisar todo o conteúdo do projeto e  iremos tomar uma posição, sendo certo que dessa posição sairá seguramente  a viabilização do inquérito parlamentar", afirmou a 03 de setembro o líder  parlamentar do PSD, Luís Montenegro. 

O presidente da bancada do CDS-PP, Nuno Magalhães, disse então que  "tendo a comissão de inquérito em relação aos equipamentos militares um  prazo de finalização dos seus trabalhos para dia 20, estão reunidas as condições  para que desde logo e depois da sua aprovação (a comissão do BES) possa  começar as suas diligências". 

No dia 03 de agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, depois  de o banco ter apresentado prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros,  e anunciou a separação da instituição em duas entidades distintas. 

No chamado banco mau ('bad bank'), um veículo que mantém o nome BES  mas que está em liquidação, ficaram concentrados os ativos e passivos tóxicos  do BES, assim como os acionistas. 

No 'banco bom', o banco de transição que foi chamado de Novo Banco,  ficaram os ativos e passivos considerados não problemáticos. 

 

Lusa