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Diretor e médico do curso de Comandos entre os detidos

Sete militares foram esta quinta-feira detidos no âmbito da investigação às mortes no curso de Comandos. Foram constituídos arguidos e vão ser ouvidos na sexta-feira por um juiz de instrução.

(Arquivo)
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Entre os detidos está um tenente coronel, diretor do curso de Comandos, e um médico, capitão e responsável direto pela assistência aos feridos durante as provas.

Há ainda três tenentes e dois sargentos detidos, todos instrutores do 127.º curso de Comandos, suspeitos da prática de crimes de abuso de autoridade por ofensa à integridade física.

Foram detidos esta quinta-feira pela Policia Judiciária Militar, no âmbito da investigação liderada pela procuradora Cândida Vilar, do DIAP de Lisboa.

Terá sido no Comando Terrestre de Oeiras que foram consumadas as detenções. Os militares foram transferidos para o presídio militar de Tomar, estabelecimento para onde vão todos os detidos pertencentes às Forças Armadas.

Os arguidos deverão ser presentes esta sexta-feira no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, para primeiro interrogatório e conhecerem as medidas de coação.

Os sete militares juntam-se assim aos dois sargentos enfermeiros que já tinham sido constituídos arguidos, indiciados por crimes de omissão de auxílio, num processo que investiga crimes cujas penas podem ir até aos 16 anos de prisão.

O inquérito do Ministério Píblico segue a par de uma investigação interna levada a cabo pelo exército, num processo onde já foram ouvidas mais de cem testemunhas.

Em comunicado, o Exército confirma apenas as detenções dos sete militares e acrescenta que o caso está a ser acompanhado de perto pelo chefe do Estado Maior do Exercito e pelo ministro da Defesa.