Segundo o Centro Distrital de Operações de Socorro (CDOS), o incêndio está dado como dominado, desde terça-feira, mas no local permanecem ainda em operações de rescaldo elementos dos bombeiros de Palmela, dos Sapadores de Setúbal e da GNR.
O incêndio, que deflagrou cerca das 03:00 de terça-feira num armazém de produtos de enxofre, um produto abrasivo e tóxico, provocou ferimentos ligeiros em seis bombeiros.
A poluição do ar obrigou as autoridades a aconselhar as populações das freguesias de Praias do Sado e Faralhão e, mais tarde, da freguesia de Gambia, Pontes e Alto da Guerra a ficarem em casa.
A qualidade do ar na zona de influência do incêndio acabou por ficar restabelecida na noite de terça-feira, segundo a Agência Portuguesa do Ambiente (APA), que explicou que o fogo fez libertar para a atmosfera dióxido de enxofre.
O poluente foi "monitorizado em contínuo através das estações de qualidade do ar existentes no território nacional", explicou a APA num comunicado emitido na noite de terça-feira, acrescentando que devido aos ventos a nuvem poluente foi arrastada para norte, atravessou a Reserva Natural do Estuário do Sado e atingiu a zona de Vila Franca de Xira.
Em Vila Franca, na estação de Alverca, registaram-se entre as 08:00 e as 12:00, valores elevados de concentração de dióxido de enxofre, com um pico às 11:00.
Fonte da Direção-Geral da Saúde tinha sito à agência Lusa que até meio da manhã de terça-feira os valores registados não tinham excedido os de referência.
A APA estima que os níveis elevados de dióxido de enxofre na proximidade da fábrica tenham acontecido durante a noite de segunda-para terça-feira (o incêndio deu-se às 03:00), o que terá diminuído a exposição das pessoas ao poluente. Garante também que desde as 14:00 os valores observados nas estações fixas de qualidade do ar "decresceram significativamente, encontrando-se a situação controlada".