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Verdes criticam solução para o metro da Lousã e defendem comboio

O partido ecologista Os Verdes (PEV) discordou hoje da solução apresentada pelo Governo de transporte por autocarros elétricos entre Coimbra e a Lousã para substituir o metro sobre carris, reafirmando que considera o comboio como solução mais adequada.

Verdes criticam solução para o metro da Lousã e defendem comboio

Numa nota, o PEV considera que a solução apresentada pelo Governo "não é adequada para promover o desenvolvimento futuro do interior, pelo que deveria ser reposto o modelo de mobilidade anterior, em respeito pelos projetos de resolução apresentados pelo Os Verdes e aprovados na Assembleia da República".

O partido ecologista considera que uma solução sobre carris é a solução mais barata, de mais fácil manutenção e a "mais adequada do ponto de vista técnico para assegurar as necessidades de mobilidade" das cerca de 50 mil pessoas que se deslocam diariamente da Lousã para Coimbra.

Para Os Verdes, a ligação por ferrovia permitiria ainda ligar a Lousã à rede ferroviária nacional, com articulação com a linha do Norte a partir de Coimbra, "assegurando, além do transporte de passageiros, o transporte de bens e mercadorias para fora da região", contribuindo para "fixar e atrair a instalação de novas empresas, promover o desenvolvimento, gerando emprego no interior e combatendo as assimetrias regionais".

O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse hoje que o novo projeto de mobilidade entre Lousã e Coimbra prevê uma solução "mais favorável" para as populações do que a ferrovia ou o metro ligeiro.

Pedro Marques afirmou que o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM), com autocarros elétricos em vez de transporte sobre carris, levará três anos e meio a entrar em funcionamento, com o prazo contado a partir de hoje.

A proposta de investimento no "sistema metrobus" prevê a aquisição de uma frota de 43 autocarros elétricos.

O Governo escolheu um modelo de autocarro "exclusivamente elétrico", após um estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil que rejeitou a reposição do comboio no Ramal da Lousã, ao contrário do que era recomendado pela Assembleia da República em diferentes resoluções aprovadas em fevereiro.

Lusa