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Ministério da Educação acusa líder de bancada do PSD de faltar à verdade

O Ministério da Educação acusou esta segunda-feira o líder parlamentar social-democrata de não dizer a verdade quando acusou o Executivo de enganar os professores nas negociações sobre a recuperação das carreiras que estiveram congeladas.

Ministério da Educação acusa líder de bancada do PSD de faltar à verdade
Lusa

Na sua intervenção na abertura das jornadas parlamentares do PSD, que decorrem até terça-feira na Guarda, Fernando Negrão acusou esta segunda-feira o Governo de ter começado por "enganar os professores, assegurando uma contagem integral desse tempo", tendo depois o primeiro-ministro dito não haver dinheiro para esse efeito.

Num comunicado divulgado esta segunda-feira, a tutela afirma as declarações "não correspondem à realidade" e que "o Governo negociou de boa-fé com as organizações sindicais e apresentou uma proposta" para recuperar dois anos e dez meses dos nove anos, quatro meses e dois dias que os professores reclamam.

"Esta proposta não mereceu o acordo das organizações sindicais, que não apresentaram nova proposta", diz o ministério, que a justificou com o princípio da equidade com o resto das carreiras da administração pública, em que se progride de dez em dez anos.

Fernando Negrão desafiou o Governo a "pedir desculpa aos professores" caso entenda que existem "circunstâncias extraordinárias" que impeçam a contagem integral do tempo de serviço que esteve congelado.

"No caso dos professores, os factos são claros. Primeiro facto: o Governo prometeu e agora vem dizer que não pode cumprir. Segundo facto: o prometido é devido, ou como diz o primeiro-ministro António Costa, palavra dada, palavra honrada", afirmou.

Para o líder parlamentar do PSD "só circunstâncias extraordinárias podem justificar que assim não seja".

"E se o Governo considera que existem de facto essas circunstâncias extraordinárias devia, no mínimo, começar por reconhecer a sua continuada política de austeridade e pedir desculpa aos professores e com eles recomeçar de boa fé as negociações centradas no essencial e que é a revisão dos respetivos estatutos", defendeu.

Lusa