País

Suspeitas de fraude na reconstrução de casas em Pedrógão Grande

Há suspeitas de esquemas fraudulentos na reconstrução das áreas ardidas de Pedrógão Grande. Segundo a revista Visão, em causa está a sucessão de pedidos de alteração de morada fiscal para que habitações não permanentes fossem tratadas como casas de primeira habitação que deram entrada nas repartições de finanças.

Alzira Quevedo, 76 anos, junto à sua casa que ardeu juntamente com todos os seus bens, o carro, animais domésticos, mobiliário e eletrodomésticos, na Barraca da Boavista, Pedrógão Grande (julho de 2017).
Alzira Quevedo, 76 anos, junto à sua casa que ardeu juntamente com todos os seus bens, o carro, animais domésticos, mobiliário e eletrodomésticos, na Barraca da Boavista, Pedrógão Grande (julho de 2017).
PAULO CUNHA/LUSA

Última atualização às 9:45

As lacunas na lei deram o mote às situações irregulares. De acorco com a investigação da Visão, cerca de 500 mil euros terão sido desviados para obras que não seriam urgentes, incluindo casas em ruínas e casas danificadas antes dos incêndios do verão passado.

Tratam-se de fraudes e abusos na reconstrução que o Governo diz desconhecer e que, até ao momento, não foram reportados pelas autarquias.

Presidente da CCDR do Centro diz não ter poderes de fiscalização

Questionada sobre a transparência do processo, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro admite falhas. Em declarações à Renascença, Ana Abrunhosa disse hoje que este órgão não tem poderes de fiscalização e que por isso, se limitou a dar seguimento aos processos validados pelas Finanças.

Ana Abrunhosa assume que imóveis que não foram sequer afetados pelo fogo tenham sido reconstruídos.

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