O corte nos rendimentos garantidos tem contado com forte oposição, nomeadamente da EDP, envolvida também numa investigação judicial aos contratos com rendas excessivas.
À saída da energia para o ministério do ambiente fica associado o novo ministro da economia, Pedro Siza Vieira, que trabalhava no escritório de advogados representante em Portugal dos chineses que detêm parte da edp.
António Costa já sentiu necessidade de se justificar. Numa nota enviada à agencia Lusa o primeiro-ministro diz que as alterações significam "um reforço da política económica no centro do Governo e uma prioridade na transição energética e na mitigação das alterações climáticas".
Sabe-se agora que o secretário de Estado Jorge Seguro Sanches não sobrevive no lugar, depois de ter sido o principal rosto das medidas que desagradam às grandes empresas do setor eléctrico.
Já no governo de Passos Coelho, o secretário de Estado Henrique Gomes foi obrigado a demitir-se, segundo o próprio, por ter sido desautorizado quando tentou criar uma taxa especial sobre as empresas de energia.