Em 2016, foi entregue no Parlamento uma petição que propõe um estatuto, que lhes garantisse a possibilidade de fazerem descontos para a segurança social para fins de reforma, e apoio financeiro para dispositivos e terapias específicas.
O Presidente da República já disse que é um "erro imperdoável" fazer de conta que os cuidadores não existem tendo apelado para o seu reconhecimento legal.
Todos os partidos representados na Assembelia da República concordam na necessidade de mais apoios para cuidadores e dependentes.
Já o Governo invoca os custos da medida e, na proposta do OE 2019, compromete-se a prevenir "situações de pobreza e exclusão social" e a estudar um mecanismo de descanso para os cuidadores, que se queixam do desgaste e esgotamento a que estão sujeitos.
E de nós, quem cuida? (Vídeo)
A Reportagem especial deste sábado dá a conhecer a realidade dos cuidadores informais. São mais de 800 mil no país, que lutam atualmente por um estatuto que dignifique o trabalho que fazem e lhes garanta um apoio financeiro.
A maioria, mulheres, abdica da vida profissional e pessoal para cuidar de alguém, normalmente um familiar. Muitas, além das dificuldades do dia-a-dia, vivem isoladas e em risco de pobreza e de depressão.