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Passageiros exaltam-se no Barreiro devido à supressão de várias ligações fluviais

Duas ligações que deveriam ter acontecido às 10h25 e às 10h55 não saíram do cais.

Os ânimos exaltaram-se esta manhã, no terminal fluvial do Barreiro, devido à supressão de várias embarcações. Os passageiros tentaram invadir a sala de embarque, o que levou a empresa a suspender as ligações "por questões de segurança". À TSF, a líder da Frente Comum, Ana Avoila, avançou que alguns utentes partiram vidros e que a Polícia Marítima foi chamada a intervir.

"Estou aqui no Barreiro para passar para Lisboa desde as 9h40 e suprimiram todos os barcos a partir daí. Há vidros partidos e estão à espera da Polícia Marítima. Isto é o serviço público dos transportes aqui deste lado de há uns meses. O primeiro-ministro sabe e o conselho de administração da Soflusa sabe que há insuficiência de mestres", disse Ana Avoila, no Fórum TSF.

“O que aconteceu hoje era inveitável”, disse ao Expresso Claúdio Pereira, utilizador diário dos serviços da Soflusa. “Há dias que se sentia o acumular de tensão. Desde o dia 10 de maio que as pessoas estão a fazer as viagens ou esperam nas salas de embarque como se fossem sardinhas em lata”. afirmou.

Já no início da semana, em declarações à SIC, os utentes mostravam-se descontentes com a situação e relacionavam as perturbações com a redução do preço dos passes.

De acordo com os sindicatos, apenas trabalham 21 mestres na transportadora (dos quais três estão de baixa médica), mas são necessários 24, além de se ter verificado um maior "saturamento" da classe, depois de a empresa introduzir uma nova escala de serviços, em abril, com a implementação do passe Navegante.

Na terça-feira, a Soflusa anunciou que vai entrar em vigor um novo horário a partir de 8 de junho, o qual será divulgado em breve e praticado "até ser retomada a normalidade do serviço" na ligação fluvial.