O Cardeal Patriarca de Lisboa ainda vê falta de liberdade religiosa "hoje em dia", "em tantas partes do mundo". "Ostensivamente, por vezes. Disfarçadamente, outras tantas", disse D. Manuel Clemente, aos fiéis que assistiram à missa do dia de Natal na Sé de Lisboa.
"O sentimento religioso é absolutamente respeitável e deve ser juridicamente garantido. Lamentamos que nem sempre seja assim". Deixando claro que se referia a "cristãos e não cristãos", D. Manuel Clemente defendeu, na homília, que a sociedade, tantas vezes "contraditória no caminho da coerência" deve ter em Jesus Cristo um exemplo da defesa da dignidade humana.
Às portas da Sé de Lisboa, em pleno coração turístico da capital, são muitos os estrangeiros que, timidamente, se aproximam da catedral na soalheira manhã de Natal. Alguns vêm de propósito para assistir à missa. Outros acabam por ceder mais à curiosidade, empunhando telemóveis para fotografar ou filmar partes da celebração.
Mas há também os católicos que escolhem a Sé de Lisboa e a missa presidida pelo Cardeal Patriarca neste dia de Natal, reconhecendo a importância da data no calendário cristão.